Governo de São Paulo cria gabinete de crise para combater bebidas adulteradas no estado
Reunião definiu ações
de fiscalização e adoção de medidas, como interdição de estabelecimentos
suspeitos, para reforçar a segurança à população
O governo estadual anunciou, nesta terça-feira (30), a implantação de um gabinete de crise para gerenciar as ações que serão tomadas no estado no combate a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A decisão foi tomada após uma reunião, realizada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Palácio dos Bandeirantes, determinar quais as medidas seriam adotadas para o enfrentamento da situação.
Segundo a administração paulista, uma ação já adotada é a
interdição cautelar de estabelecimentos. Somente nesta terça, agentes das Vigilâncias
Sanitárias do Estado e do município de São Paulo, em parceria com a Polícia
Civil, fecharam dois estabelecimentos da capital paulista, nos bairros dos
Jardins e Mooca, após o registro de casos suspeitos de intoxicação por metanol.
Em São Bernardo do Campo, um bar também foi interditado pela vigilância.
Outras ações estabelecidas pelo governo de São Paulo são a
disponibilização de mecanismos rápidos de denúncia, além de estruturar
atendimento em toda a rede de saúde e intensificar as investigações da Polícia
Civil e Secretaria da Fazenda. Ainda conforme informações do governo, foram abertos
cinco inquéritos, efetuadas as prisões de dois suspeitos e apreendidas 50 mil
garrafas em operações no estado. “Montamos um gabinete de crise para
tratar da intoxicação por metanol. É um problema estrutural do Brasil. A
Polícia Civil vem fazendo operações com frequência. Temos cinco inquéritos abertos,
temos interdição de destilarias e refinarias clandestinas”, afirmou Freitas. “É
fundamental fazer esse fechamento cautelar de todos os estabelecimentos em que
tivemos ocorrência para aprofundar a investigação. A preocupação é garantir a
segurança do cidadão. O estabelecimento só vai ser liberado para voltar a
funcionar se tivermos certeza que está seguro”, complementou o governador.
Representantes do governo paulista também se reuniram com
membros de associações de bares, restaurantes, hotéis e supermercados nesta
terça para tratar do assunto. A intenção era ouvir as demandas do setor diante
dos casos de intoxicação e reforçar a atuação contra o comércio irregular de
bebidas. O encontro resultou na criação de um grupo de trabalho com as
entidades participantes. Elas participarão de reuniões no próximo mês com a
finalidade de elaborar um documento técnico a ser encaminhado ao governador.
Veja abaixo as principais medidas anunciadas de combate à
intoxicação por metanol e investigação dos envolvidos:
- Implantação do gabinete de crise (Justiça, Saúde,
Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico, Comunicação e Prefeitura de SP).
- Interdição cautelar
dos estabelecimentos onde ficar comprovado que houve a venda de bebida
adulterada. A Segurança Pública, Fazenda, Vigilância Sanitária e Procon-SP
trabalharão em conjunto para desarticular esses grupos que fabricam e
distribuem bebidas adulteradas.
- Fortalecimento dos
canais de denúncia por meio do 181 da Polícia e do site do Procon-SP
(www.procon.sp.gov.br).
- Orientação da rede de saúde para diagnóstico e tratamento
com agilidade.
- Reunião de alinhamento com as associações de bares e restaurantes e outros estabelecimentos relacionados ao setor.
Balanço dos casos
Segundo números divulgados pela Secretaria Estadual da
Saúde, nesta quarta-feira (1), o número de casos notificados como suspeitos de
intoxicação por metanol subiu para 25 em São Paulo. Conforme as estatísticas, sete
deles foram confirmados como contaminação pelo produto e 18 estão em
investigação. A SES confirmou também que uma morte ocorreu devido a adulteração
de bebida alcoólica e quatro óbitos ainda estão sendo investigados, sendo três
na capital e um em São Bernardo do Campo.
Já de acordo com o portal G1, um novo óbito em São Bernardo do Campo está sendo investigado pela Secretaria de Saúde do município como suspeito de intoxicação por metanol. A vítima, um homem de 49 anos, faleceu na noite desta terça, em sua residência. O caso ainda não havia sido notificado às autoridades estaduais.
Sintomas
A intoxicação por metanol é grave, pode levar à cegueira
permanente e até a óbito. O metanol pode estar presente em bebidas alcoólicas
clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustível, solventes e
líquidos de limpeza.
– Iniciais (até 6 horas após ingestão): dor abdominal
intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de
cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa;
– Entre 6 horas e 24 horas: visão turva, fotofobia, visão
embaçada, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, coma e acidose
metabólica grave. Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira
irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da
base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.




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